Desde 28 de abril, várias organizações e movimentos populares na Colômbia realizam uma greve nacional por tempo indeterminado PELA VIDA, PELA PAZ, PELA JUSTIÇA SOCIAL E CONTRA A REFORMA TRIBUTÁRIA e o aprofundamento das políticas neoliberais implementadas há décadas no país. As manifestações pacíficas foram respondidas com extrema violência por parte do Estado colombiano, gerando inúmeras violações de direitos humanos, com mais de 30 mortes até o momento. A mobilização das Forças Armadas em defesa dos interesses do grande capital em nossa América não é nova, nem seu trágico saldo em vidas humanas
A política do atual governo de Iván Duque, assim como dos governos anteriores de Juan Manuel Santos e Álvaro Uribe Belez, sempre bem alinhados com os Estados Unidos por meio do Plano Colômbia, mergulhou o país em uma profunda crise política e em uma dramática situação humanitária. Somente neste ano, 57 líderes populares e defensores/as dos direitos humanos foram assassinados/as por motivos políticos e aconteceram 33 massacres em diferentes comunidades, que não ganharam visibilidade na grande mídia. Desde os “Acordos de Paz” assinados em Havana (Cuba) em 2016, já são mais de mil lideranças assassinadas, dentre os quais 270 signatários dos acordos.
Repudiamos a violência perpetrada por instituições do Estado, que violam os acordos de Direito Internacional Humanitário (DIH) e Direitos Humanos, firmados pelo Estado colombiano. Fazemos eco às denúncias de uso da força contra manifestações sociais pacíficas e de uso de armas não convencionais contra cidadãos e cidadãs, de prisões arbitrárias, de assassinatos, de desaparecimentos e de abusos físicos, verbais e sexuais por parte da força pública.
Rejeitamos categoricamente o cerco midiático, que não veicula as repetidas violações dos direitos humanos, os massacres perpetrados e os assassinatos de líderes populares e cidadãos e cidadãs que se manifestam pacificamente para reivindicar direitos.
Exigimos, do governo de Iván Duque, a cessação da violência e das mortes pelo uso indiscriminado da repressão estatal e a liberdade imediata dos presos políticos da Greve Nacional. Do mesmo modo, unimos forças, para solicitar mediação de organizações internacionais de direitos humanos, a fim de buscar a cessação do estado de violência e terror que assola o país.
Ao povo da Colômbia, que luta por uma vida digna e livre, toda a nossa solidariedade nestes momentos difíceis! A vitória de colombianos será de toda nossa Latino-América!
Se o presente é de luta, o futuro nos pertence!
Conselho Federal de Serviço Social (CFESS)
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss)
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Assista abaixo ao vídeo da presidenta da Federação Internacional de Assistentes Sociais (Fits), sobre a situação na Colômbia:
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