Esta semana iniciou-se com mais um retrocesso aos direitos das/os trabalhadoras/es: o Ministério da Fazenda, sob a liderança de Henrique Meirelles, anunciou a “alteração da oferta de ensino público” das estaduais do Rio de Janeiro (CECIERJ, FAETEC, UENF, UERJ e UEZO) e a demissão dos servidores contratados e concursados, como medida para o equilíbrio fiscal do Estado, que vive uma profunda crise desde o início do ano.

O Governo Federal, aliado ao Governo Estadual do Rio de Janeiro, vêm concretizando uma série de ataques às unidades públicas estaduais de ensino tais como: corte do financiamento público, demissão das/os trabalhadoras/es terceirizados, sucessivos atrasos dos pagamentos, medidas que comprometem o funcionamento da educação no estado e precarizam a condição de vida dos trabalhadores/as, além de outros setores do serviço público. Não por caso, mas por conta do projeto político econômico do PMDB que expressa um movimento de radicalidade do capital, as políticas sociais são acusadas de serem a causa da crise econômica vivenciada no Rio de Janeiro e, por isso, a “ponte para futuro” do estado é destruir as unidades públicas estaduais de ensino. Ou seja, essa é a forma irresponsável e tendenciosa do processo de sucateamento do patrimônio público para viabilizar a sua entrega aos interesses privados.

Considerando o legado das unidades públicas estaduais de ensino do Rio de Janeiro e sua relevância para a sociedade consolidada através do Ensino, da Pesquisa e da Extensão, cabe ressaltar o papel da UERJ e da faculdade de Serviço Social, que há décadas vem contribuindo na formação de profissionais no âmbito da graduação e da pós graduação e na produção de conhecimento crítico no Brasil e na América Latina e Caribenha. Dessa forma, defender a UERJ como universidade pública, gratuita, laica e de qualidade – e resistir ao seu sucateamento que significa a porta aberta para processos de privatização, – passa a ser uma tarefa também de todo o serviço social brasileiro, donde decorre nosso posicionamento conjunto e coletivo.

Por isso, a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), vem a público denunciar e repudiar a destruição das unidades públicas estaduais de ensino do Rio de Janeiro conduzidas pelo governo ilegítimo de Michel Temer em articulação com o Governo do Pezão, ambos do PMDB, e reafirmar nosso compromisso na defesa, luta e resistência da escola pública, de qualidade, presencial e gratuita em todas as modalidades de ensino!

Gestão – Quem é de luta, resiste!