A Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde elaborou uma nota assinada por mais de 100 movimentos sociais e entidades, entre elas a ABEPSS, solicitando que o governo adote medidas de combate à Covid-19, uma vez que o Governo Federal não tem tratado o tema com a devida importância, como a falta de articulação nacional e de um ministro da saúde.

A nota lista uma série de medidas que devem ser adotadas, como o isolamento social para 70% da população e a testagem em massa para controle do coronavírus.  A assistente social, membro do colegiado da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde e do Fórum de Saúde do Rio de Janeiro,  Maria Inês Souza Bravo, ressalta que o documento é uma forma de articular com as entidades para que as medidas sejam implementadas, que haja um plano nacional. 

“A proposta, que teve um recepção muito boa de diversos movimentos sociais, e principalmente, na saúde, o Conselho Nacional de Saúde, de enfrentar a pandemia com um plano”, explica Bravo. 

Ela ressalta que,  a situação do País é complicada, devido a falta de testes para identificar a Covid, a subnotificação de casos, o aumento no número de  infectados e de mortes, entre outros pontos, e que o governo não está dando a devida atenção. “É uma situação que a gente coloca que é muito séria, realmente é um governo genocida, um governo que não defende a saúde, defende a morte”, pondera.

Bravo ainda observa a falta de recursos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos anos. “O SUS sempre foi subfinanciado, nunca tivemos, desde os 1990, um financiamento efetivo, que coincidiu com o neoliberalismo, mas a partir de 2016, a situação tem ficado muito pior. Hoje, o problema não é o subfinanciamento, o problema é que ele está desfinanciado”. 

Confira a nota divulgada pela Frente: 

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