As/os coordenadores de Pós-graduação da área de Serviço Social, na reunião de meio termo realizada nos dias 4, 5 e 6 de setembro manifestam a preocupação com as mudanças atuais no sistema de Avaliação da Capes, que tendem a estimular o produtivismo deletério, acrescido agora de uma cultura de empreendedorismo.
 

– Trata-se de mais um ataque frontal à autonomia da Universidade, conjugado aos cortes nos recursos orçamentários públicos para pós-graduação. Neste sentido, sinalizamos aspectos que, nesse quadro de regressões e incertezas, ameaçam a permanência e consolidação de nossos programas:
 

– Cortes orçamentários com retração aviltante de recursos para custeio e investimentos, suspensão de editais de financiamento de pesquisas, redução de bolsas de estudo e pesquisa, desmonte da política de permanência estudantil;
 

– Descompasso entre as crescentes exigências quanto à avaliação do desempenho dos Programas de Pós-graduação e as condições objetivas para seu funcionamento;
 

– A política de desmonte da isonomia na distribuição de recursos entre as diferentes áreas de conhecimento com tendência à desvalorização das áreas do colégio de humanidades;
 

– Crescente medidas que atacam a autonomia universitária;
 

– Ênfase na fusão de programas que tendem a acentuar as assimetrias regionais, inibindo esforços para a criação de estratégicos programas de pós-graduação;
 

– Desresponsabilização do Estado como garantidor de recursos públicos;
 

– Política de precarização da relação entre ensino, pesquisa e extensão posta na possibilidade do Ensino à Distância para os cursos de mestrado e doutorado.
 

– Por fim, pugnamos pela reversão destas medidas e políticas, que afetam direta e indelevelmente os programas de pós-graduação, desde a formação acadêmica, até a consolidação das pesquisas e produção de conhecimento.
 

Brasília (DF), 06, de setembro de 2019.
 

Assinam este manifesto: