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Facilitadoras/es do ABEPSS Itinerante recebem formação específica para atuação nas oficinas

28/02/18 às 00:00
Nessa terça-feira, 27, e quarta-feira, 28, acontece a formação das/os facilitadoras/es que atuarão na quarta edição do projeto ABEPSS Itinerante. A formação acontece no município de Serra, no Espírito Santo.
 

 
Durante esses dois dias, estão reunidas a equipe que vem construindo o projeto desde o início da atual gestão da ABEPSS – composta por membros da executiva nacional, das regionais da associação e com assessoria de uma integrante do GTP de Serviço Social, fundamentos, formação e trabalho profissional – e um grupo composto por 25 assistentes sociais.

Esse grupo de profissionais serão as/os facilitadoras/es das oficinas que começam, por todo o Brasil, ainda no primeiro semestre de 2018.

Tema
O projeto da quarta edição da ABEPSS Itinerante tem como tema central ‘Os Fundamentos do Serviço Social: as atribuições e competências profissionais em debate’. E neste momento final da construção coletiva há a contribuição do professor da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ESS/UFRJ), Mauro Iasi.

"As pessoas que participarão dessa formação são professoras e professores que já participam da ABEPSS Itinerante, indicadas pelos regionais. É uma formação específica sobre as diretrizes curriculares. E o Mauro utilizará a abordagem da educação popular para trabalharem na ABEPSS Itinerante", destacou a presidente da ABEPSS, Maria Helena Elpidio Abreu.

“Realidades diversas”
Para Mauro Iasi, a iniciativa da ABEPSS de ampliar o leque de atividades de formação além da dimensão dos eventos e congressos é interessante.

“É uma iniciativa bastante interessante para envolver, não apenas profissionais e professores do campo do Serviço Social, mas a própria militância da ABEPSS, os próprios membros dos grupos de trabalho que acabam se envolvendo nessa atividade e, com isso, acabam tendo uma possibilidade de entrar em contato com realidades diversas e diferentes que ocorrem no Brasil todo. Uma atividade bastante interessante já por si só”, destacou o professor.

Educação popular
Para Iasi, o convite fica ainda mais interessante porque vem com a expectativa de resgatar uma prática de educação popular que, na avaliação do professor, pode servir ao projeto ABEPSS Itinerante. “A gente milita e trabalha [com educação popular] desde o final dos anos 70 e sempre acreditou que podia contribuir muito com essas atividades. Eu tenho a impressão inicial que sim [que servirá à ABEPSS Itinerante], porque ela é um recurso que já foi muito importante no processo de organização de luta da classe trabalhadora, no final dos anos 70 e durante os anos 80”, avaliou o professor.

 


 

Ao mesmo tempo, Iasi apontou que a educação popular também exige certas condições para se desenvolver. “De número de pessoas, de temas, da própria característica do público. Nós temos ter cuidado com algumas mediações. Em se tratando de uma categoria profissional que quer discutir o seu projeto, suas diretrizes, a sua base e daquilo que constitui o fundamento dos currículos da formação profissional, precisamos de ter uma série de cuidados. A educação popular não é um remédio que serve para todas as situações”, alertou.

Mas o professor reforçou que acredita na ideia. “Dada a seriedade de quem propõe, o esforço de fazer uma oficina anterior de discussão do tema, mostra que além do positivo de trazer novamente o tema da educação popular, vem junto uma série de cuidados de buscar as mediações necessárias, não fazer uma mera transposição das técnicas, métodos e concepções”, concluiu.

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