Desde 1999, com o triunfo eleitoral do movimento bolivariano, a Venezuela luta para implementar um projeto societário independente das grandes potências estrangeiras que a dominaram por séculos e, não sem contradições, tem ousado pensar numa política nacional autônoma.
Devido a isso, a Venezuela se tornou um problema para o império estadunidense, que segue se “autoproclamando” vigia da América, pois é uma prova vivente de que o neoliberalismo – com a dependência econômica e o servilismo político que comporta – não constitui a “única” possibilidade histórica para os povos do mundo.
A Venezuela incomoda aos poderes instituídos porque não só não se submete às suas exigências, mas também porque possui riquezas naturais incalculáveis. O país hospeda a maior reserva de petróleo do mundo. Além de montanhas fartas em ouro e outros minérios cobiçados pela produção capitalista. Também, não menos importante, é um ponto geopolítico estratégico na hora de pensar a América do Sul.
Todavia, o povo da Venezuela paga caro por sua resistência ao poder imperial. O país é cotidianamente ameaçado e atacado com estratégias inéditas. Só nos últimos seis meses, ocorreram atentados contra o presidente eleito, Nicolás Maduro. Depois, a “autoproclamação” de um parlamentar opositor como presidente da República, e que tem insistido no chamado a uma intervenção militar externa (como a que fracassou em 23 de fevereiro de 2019) para derrubar o governo bolivariano da Venezuela.
Economicamente bloqueada, sem possibilidades de exercer livremente seu comércio, o sistema elétrico nacional foi alvo de ataques cibernéticos com altas tecnologias. Isso deixou o país sem luz e sem água por vários dias. E ocasionou mortes e desespero na população.
Tudo indica que essas tentativas – nunca antes tão explícitas – não têm feito mais que reafirmar a vontade geral do povo venezuelano, que tem respondido a cada agressão reafirmando o direito inalienável a sua autodeterminação.
É com ele a nossa solidariedade. E por ele exigimos que cessem imediatamente os planos de desestabilização política no país irmão, bem como toda e qualquer colaboração do governo brasileiro e da grande mídia com esses planos. Sejam diplomáticos, econômicos, militares, cibernéticos ou ideoculturais e que venham a atentar contra a soberania do povo venezuelano.
A ABEPSS (Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social) convida você a se juntar a nós! Como membro, você terá a oportunidade de contribuir para o fortalecimento do ensino e da pesquisa em serviço social no Brasil.
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