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Professoras/es de São Paulo entram na luta por melhores condições de salários

5/09/22 às 00:00
A tendência ultraliberal de precarização do trabalho profissional segue a todo vapor. Em São Paulo, as entidades que representam as/os professoras/es das universidades e faculdades privadas enfrentam um duro processo de negociação salarial. O patronato propôs uma reposição abaixo do índice inflacionário e as categorias acenaram o início de uma greve, que se iniciaria nesta segunda, 5. 

Após uma reunião conciliatória no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-2), na quinta-feira, 31, as/os professoras/es suspenderam a greve e mantiveram o estado de greve. Agora, as negociações com as mantenedoras seguirão até o dia 15 de setembro, conforme foi estabelecido na reunião. 

O juiz que cuida do caso propôs que os salários sejam corrigidos seguindo o INPC-IBGE de 10,8%, e também que seja garantida a estabilidade de 90 dias a partir da homologação do acordo de greve.  No início das negociações, as mantenedoras haviam acenado 7% de reajuste salarial a partir de setembro (sendo que a data-base é março) e um abono de 40% não incorporado ao salário, o que foi rechaçado pelas/os professoras/es, que agora seguirão negociando com o patronato. 

A professora do curso de pós-graduação da PUC-SP e vice-presidente da APROPUC (Associação de Professores da PUC-SP), Bia Abramides, destaca que as mantenedoras das instituições de ensino são cada vez mais corporações mercantis e que estão atrelados ao capital financeiro. Por isso o recrudescimento da precarização do ensino e do trabalho nas instituições de ensino superior. 

“Temos uma série de irregularidades. Não vai ser fácil porque em momentos de maior mobilização não conseguimos, mas não podemos ficar de fora da luta, da mobilização. Avaliamos que foi um saldo positivo, pois o rito de greve fez com que os patrões saíssem da inércia. Esperamos não retroceder nas negociações”, destaca a professora. Ela alerta ainda e reforça a importância da mobilização, pois essa situação não está restrita ao Estado de São Paulo, mas é uma realidade em todo o país. 

A direção da ABEPSS se solidariza com a luta das/os professoras/es do Estado de São Paulo e destaca a importância das/os docentes se mobilizaram em coletivos, associações e sindicatos para lutar contra os desmontes e a precarização do ensino, da pesquisa e da extensão e também do trabalho profissional. A ABEPSS também entende que educação não é mercadoria e que a luta segue firme.

Saiba mais:
APROPUC-SP
Sinpro-SP

 

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