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Todo apoio à luta dos trabalhadores e estudantes da UERJ na luta em defesa da universidade pública

20/06/16 às 00:00
A UERJ é hoje uma das maiores e mais qualificadas universidades públicas do país, apesar do descaso com que vem sendo tratada por seguidos governos do Estado, que não valorizam seus trabalhadores e estudantes, e vem tornando cada vez mais escassos os recursos de custeio, num claro sucateamento da universidade e de seu hospital, Pedro Ernesto – HUPE. Esta relação de indiferença e irresponsabilidade se tornou ainda mais evidente em 2016, quando não houve qualquer repasse de recursos até o momento para a UERJ. Tal posicionamento inaceitável levou à demissão de cerca de 500 trabalhadores de empresas terceirizadas, sem o pagamento de seis meses de salários, o que inviabiliza a operação de elevadores, a limpeza, a manutenção e a segurança na UERJ, além de configurar uma espécie de novo trabalho escravo.
 
O Governo do Estado do Rio de Janeiro decretou estado de calamidade pública financeira em função da realização dos Jogos Olímpicos em agosto. Compreendemos que a verdadeira calamidade está nos equipamentos de saúde e educação de portas fechadas ou funcionando na mais indigna precariedade. Enquanto isso, o governo distribui recursos para as empresas por meio de renúncias fiscais, somente este ano da ordem de 8,7 bilhões, ou seja, cerca de três vezes mais recursos do que o governo federal vai repassar a partir do decreto. A população do Rio de Janeiro não merece pagar um preço tão alto pela realização de Jogos Olímpicos que se tornaram grandes negócios faraônicos. E a UERJ e o Hospital Pedro Ernesto são importantes patrimônios do Rio de Janeiro e do país a serem aguerridamente defendidos.
 
A UERJ é muito importante para o Serviço Social brasileiro: possui uma pós graduação que está entre os sete programas de excelência do país; um curso de graduação de amplamente reconhecida qualidade; o HUPE, com uma histórica residência em Serviço Social e que também é campo de estágio para os estudantes da área, que recebem supervisão dos assistentes sociais ali lotados; e vários profissionais de serviço social que compõem o corpo técnico-administrativo da UERJ em vários setores. De forma que a denúncia da situação da UERJ e o apoio a esta greve diz respeito à área de Serviço Social e a todas(os) os lutadores que se preocupam com a educação e a saúde públicas e demais direitos conquistados. Defender a UERJ como universidade pública, gratuita, laica e de qualidade – e resistir ao seu sucateamento que significa a porta aberta para processos de privatização, – passa a ser uma tarefa também de todo o serviço social brasileiro, donde decorre nosso posicionamento conjunto e coletivo.
 
Todo apoio à greve da UERJ! Estamos juntas(os)!
 
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa de Serviço Social – ABEPSS
Conselho Federal de Serviço Social – CFESS
Profs. Maria Lucia Garcia, Vera Nogueira e Valéria Forti (CAPES)
Profs. Yolanda Guerra e Marina Maciel (CNPq)
 

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